Matrimônio: um sinal do amor de Deus

Matrimônio: um sinal do amor de Deus

Todo Sacramento é uma Graça que precisamos ao longo da vida, a fim de que sejamos direcionados para os caminhos do Senhor. A Igreja é a portadora e administradora da salvação dos cristãos, e faz isso por meio dos Sete Sacramentos: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e o Matrimônio. 

Diferente de todos os demais, último Sacramento citado (matrimônio), não é uma escolha individual, ou seja, precisa da vontade de dois seres para acontecer. Esses indivíduos precisam estar unidos na fé, no amor e na vontade de partilhar, assim como exposto na Bíblia: 

“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2, 24)

Padre Gilson Camargo, mestre em Teologia pelo Instituto Católico de Paris e especialista em liturgia e sacramentos, explica que o matrimônio é celebrado para as pessoas que têm fé, porque é preciso ter uma consciência de vida cristã ao iniciar uma família. 

“Duas pessoas que se amam, tomam a decisão de unir suas vidas e receber um sacramento – que é o sinal do amor de Deus para eles. Eles desejam receber o sinal sagrado da Igreja para que esse amor se torne um sacramento, um sinal visível de Cristo pela Igreja”. 

Antes do rito acontecer o casal precisa ter consciência de tudo o que significa o Sacramento e sua magnitude. Depois de descobrirem a força do amor um com o outro, como destaca o Sacerdote, eles se preparam e anseiam pelo recebimento do sacramento. 

“O Rito tem toda uma estrutura. Mas, entre os 7 sacramentos da Igreja, eu considero o mais bonito, porque expressa a profundidade do amor. Podemos dizer que o matrimônio é, portanto, o sinal sagrado do amor de Deus que se concretiza na vida dos jovens que querem construir uma vida juntos”. 

Mas por que devemos nos casar?

Felicidade está em Deus

Muitas pessoas se perguntam: Por que casar?  Buscar a felicidade entre o casal é primordial, mas é preciso concordar que a felicidade efetivamente só  é completa quando encontramos a Deus. 

O casal que é abençoado por Deus e cumpre as promessas que fez se torna mais completo. Por isso, segue pelo caminho da felicidade de maneira mais eficiente e justa. 

No entanto, apenas o rito não possibilita o encontro com Deus e com a felicidade.  É fundamental que se cumpram as promessas feitas diante um do outro, da família, da Igreja e de Deus. 

 

Promessas que são eternas

Durante o Sacramento do Matrimônio, o casal realiza três promessas. A primeira delas é em relação ao consentimento. Por isso, logo no início do Rito o casal deve responder a pergunta: É de livre e espontânea vontade que você aceita livremente viver essas promessas?

Depois, os noivos são convidados a prometer a fidelidade. Neste momento, os noivos (individualmente) prometem diante de Deus, da Igreja e de todos os presentes a fidelidade e o amor. “Para a Igreja, essa promessa  é muito importante, porque um amor exige fidelidade. Quem ama não trai nunca. Quem trai é porque não aprendeu a amar”, disse o Sacerdote. 

Para isso, proferem:  “Eu, recebo você por minha (meu) esposa (o); E prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida”. 

A promessa é um dos momentos mais conhecidos da cerimônia cristã, e também é um dos mais emblemáticos. Ela demonstra todo o significado do amor, já que é uma confirmação de que o casal permanece junto, enfrentando os desafios, comemorando as vitórias, aprendendo, errando e acertando. 

“Todos os dias de nossa vida tem muito significado, porque não é algo provisório, é uma decisão para toda a vida. E o amor de Deus é a mesma coisa, ele permanece para toda a vida conosco”, completa Padre Gilson. 

Por fim, a última promessa diz respeito à constituição da família.  A terceira pergunta então vai em direção à disposição para receber os filhos que Deus confiar

“Além de ser o sinal do amor de Deus com os noivos, o matrimônio também marca o início de um novo ciclo familiar, o surgimento de uma nova família. E essa família é o alicerce da Igreja e de toda sociedade”. 

 

Aliança e união do casal

Durante o Sacramento, o casal também faz a troca de alianças. Padre Gilson explica que muito mais que um objeto colocado no dedo um do outro, o sentido da aliança é muito maior. Ou seja, a aliança está nas palavras e promessas que o casal fez durante o Sacramento. 

“O anel é a aliança, sim, mas a verdadeira aliança já aconteceu durante as promessas. O anel matrimonial é o sinal sagrado da aliança que aconteceu entre os dois e que vai perdurar até o último dia de sua existência, por todos os dias de nossas vidas”. 

Não encontramos uma aliança em lojas e joalherias, ela não é um objeto comprável e consumível. A aliança disposta no casamento vem do coração do casal, e nada mais é do que a verdade em seus pensamentos e atitudes, que levarão o casamento rumo a Deus. 

O anel serve, dessa maneira, como um lembrete na mão de ambos, do sinal sagrado que se tornou presente durante o Sacramento. “É o marco do casal para ressaltar o dia que escolheram para o matrimônio”, completa o Sacerdote. 

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