Veja a palestra do Padre Reginaldo Manzotti sobre “Libertação do agir (mãos)”

Veja a palestra do Padre Reginaldo Manzotti sobre “Libertação do agir (mãos)”

As mãos são um símbolo espiritual. Em hebraico, a palavra usada para falar das mãos, significa “aquele que segura”. Dar as mãos para outra pessoa é um símbolo de paz e confiança. Beijar a mão de outra pessoa, é um ato de adoração.

As mãos na Bíblia

“A Bíblia oferece muitas referências sobre a importância das mãos: elas são usadas para curar e ajudar. Deus, no Antigo Testamento, pede a Moisés que imponha as mãos em Josué para a sucessão, por exemplo. As mãos de Jesus, que tocavam e curavam”, explica Padre Reginaldo.

“O Senhor respondeu a Moisés: ‘Toma Josué, filho de Nun, no qual reside o Espírito, e impõe-lhe a mão. Apresenta-o ao sacerdote Eleazar e a toda a assembleia, e o empossarás sob os seus olhos. Tu o investirás de tua autoridade, a fim de que toda a assembleia dos israelitas lhe obedeça.'” (Números 27,18-20)

Em João, 24-29, vemos que Jesus escolheu trazer os sinais da mortalidade para o seu corpo quando ressuscitou. “Ele quis, nas Santas Chagas, lembrar quem é”, confirma o sacerdote. Foi por meio d’Elas que Tomé, quando viu Jesus após a Ressurreição, o reconheceu. Tomé precisou tocar nas Chagas das mãos de Jesus para acreditar. “Os Emaús reconheceram Jesus e perceberam que Ele estava vivo pelas mãos que partiram o pão”, lembra.

As mãos na Igreja

Por isso, até hoje a Igreja usa as mãos para abençoar. No batismo ao impor as mãos na cabeça e no peito das crianças, no crisma. E até na ordenação dos sacerdotes, que as mãos são ungidas pelo Bispo. “Veja a importância e o significado do que Jesus começou e nós damos continuidade”, reforça.

As mãos na sociedade

Padre Reginaldo aproveitou a palestra para constatar um fato muito importante: as mãos e os pés expressam aquilo que vem do coração. “Se o coração tem mágoa, dúvidas e ressentimentos, os pés e as mãos ficam atrofiados. Se o coração está cheio de compaixão, tem acolhimento, as mãos e os pés se expressam no serviço. As mãos abertas para ofertar e os pés em movimento em direção a servir ao próximo. E quando eu falo de mãos caridosas, não é só dar dinheiro não. É tomar a dor do outro”, explica.

Para o sacerdote, o pior de tudo é ter mãos covardes. “Vamos pensar nas mãos dos soldados, que teceram a coroa de espinhos, que esbofetearam Jesus, que pegaram o chicote. Eles têm culpa porque aceitaram servir ao que é errado. Da mesma maneira que nós, quando não fazemos nada porque acreditamos que a sociedade está nos obrigando a ser assim. O fato de ter sido mandado, não me faz menos culpado, me faz conivente”, ressalta.

Fechando o Retiro e as mãos em sinal de oração

Para encerrar a última palestra do Retiro e preparar os corações para a Santa Missa, Padre Reginaldo entoou uma prece para que a libertação conquistada com o conhecimento e as orações do IX Retiro seja repleta de sabedoria e traga apenas o bem para as vidas de todos:

“Senhor, me faça compreender que essa liberdade não é para fazer o que eu quero, mas sim o que Tu queres. Senhor, me alcance com o Teu amor, me alcance com a Tua graça. Obrigado(a), Senhor, pela liberdade que nos concede”.

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